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Quais os aprendizados do ano de 2020?

  • Foto do escritor: José Alberto Tostes
    José Alberto Tostes
  • 13 de ago. de 2020
  • 5 min de leitura

Sem dúvida que o ano de 2020 está marcado na vida de cada um e de diferentes formas, para muitos, o ano ainda não terminou, mas é considerado uma tragédia, para outros, tudo o que aconteceu representa múltiplos aprendizados. E quais os aprendizados que podemos tirar dos setes primeiros meses do ano? Creio que o aprendizado principal é que o maior valor que temos, é a vida.


Para se preservar a vida não basta ter muito dinheiro, é preciso compreender o nosso papel enquanto cidadão no seio de nossa família e no ambiente coletivo, trabalhar é fundamental para todos, mas olhar para o lado, vê quem lá também é importante. A pandemia foi chegando no mês de março e proporcionou a mudança de comportamento social a partir do isolamento, com essa condição passamos a reaprender a conviver em família.


A pandemia fez com que muitos ficassem infectados pelo COVID-19 e outros enfermos da mente, essa segunda condição terá efeitos devastadores, pois implica em diversas adversidades que precisam de apoio coletivo e psicológico. De acordo com os especialistas da área, 3 a cada 5 pessoas no mundo estão com problemas de ansiedade e stress.


A sociedade tem uma tendência, quando vai avaliar algo de julgar tão somente pela perspectiva puramente material, e quando faz essa análise a palavra mais utilizada é da perda. É fato que, a pandemia ocasionou perdas materiais, entretanto, vamos analisar as implicações para um futuro próximo sobre a mudança com relação a ter um Planeta Terra mais equilibrado, alguns são céticos e dizem em pouco tempo nada muda, pois o contexto atual é de consumo.


Milhares de pessoas estão buscando ajuda. Por outro lado, creio que devemos respeitar sempre aqueles que não querem ou não estão preparados para acompanhar o processo de mudança, requer muito desprendimento. Pode ser que não seja o momento, já que cada um tem o seu próprio tempo. Além disso, deve ser sempre lembrado, a verdade de um não é a verdade de outro.


Sempre quando chega o final de cada ano, se recorre a um balanço de tudo o que foi realizado, e sempre essa retrospectiva é totalmente voltada para si próprio, quanto ganhou? O que fez para melhorar o currículo? O que adquiriu de bens materiais? E se sofreu algum problema de saúde, agradece a Deus pelos benefícios. O ano de 2020 está na primeira semana de agosto, todavia, as incertezas para muitos gera o sentimento que o ano acabou, entretanto, ainda teremos mais quatro meses a partir de setembro.


Se mirarmos os aprendizados pela perspectiva espiritual, vamos encontrar muitas respostas. Por outro, existem aqueles que nem Deus acreditam, e entendem que é desmensurado ter uma fé em algo puramente simbólico. A Ciência já esteve lado a lado do materialismo, no passado visava apenas o sentido lógico e racional dos resultados, agora, múltiplas pesquisas auxiliam no esclarecimento da fé como energia.

A fé, por exemplo, é algo que gera energia através dos pensamentos, a ciência tem evidenciado, existem estágios que vão além da condição material, vamos dar conta que é possível mudar de um tempo para outro, mas o que pode ocasionar tal mudança? A necessidade de trabalhar o interior do indivíduo. Se cada indivíduo melhora a sua condição espiritual terá maiores condições de auxiliar o ambiente coletivo, pois deixa de pensar em si próprio para pensar no outro.


A sociedade se apega demais aos aspectos competitivos do cotidiano, transformando as relações banais em disputas fervorosas, como consequência de todo esse processo, cada vez mais há pessoas doentes da alma e que comprometem a saúde do espírito. Os elevados índices de suicídio no Brasil evidenciam tal contexto, a cada sessenta segundos alguém se suicida, é algo assustador para uma sociedade que vive a era da informação, mas que ao mesmo tempo, sofre com a desinformação.


A característica da sociedade atual é que tomamos como “verdade” tudo que é colocado na internet, sem contrapor outros elementos e dados que auxiliem a compreender o que está dito. Por isso, o futuro novo no velho passado é mais presente do que pensamos, pois o desejo de mudar para muitos, é apenas simbólico, e não estrutural, repetimos velhas fórmulas e comportamentos que em nada ajudam a ter uma sociedade para se viver melhor e de forma mais digna.


É difícil, aceitarmos que a razão é parcial; é “uma” razão, não é “a” razão. Ao abraçarmos uma nova causa nosso entusiasmo com a mesma é tão grande que gostaríamos de compartilhá-la com todos; queremos que todos sejam beneficiados com a verdade que descobrimos. Mas os motivos que nós temos para nos convencer e nos entusiasmar são “nossos” motivos, não são motivos universais. Tolerância, nada mais valioso nessas horas. Tolerância para com os que adotaram novos costumes, novos hábitos, novas crenças, novas experiências, novos modos de pensar. E tolerância para com aqueles que, seja qual for o motivo, não comungam dessas novidades, dessas mudanças.


Critica-se a sociedade em geral, e principalmente os jovens que supostamente leem menos, o resultado desse fato, é que há pouca dimensão de análise sobre os níveis de interação e reflexão de questões econômicas, políticas, sociais e espirituais. Não se pode mensurar a veracidade dessa afirmação, entretanto, que se pode concluir é a forma apressada como a opinião é dada atualmente.


Os jornais impressos e a internet e outras formas de mídias produzem diariamente muita informação, todavia, o acesso à informação depurada ficou banalizada. O Brasil precisa de formadores de opinião que atuem de forma isenta na orientação, no debate e no esclarecimento de questões cruciais para o desenvolvimento da sociedade. Os aprendizados do ano de 2020, agora não resulta somente quando o ano for encerrado, terá implicações de longo prazo.


Entre os tantos aprendizados que podemos relacionar, está o fato de que é possível se viver com menos coisas, equilibrando melhor as necessidades; reduzir mais o consumo de coisas consideradas supérfluas; a construção da solidariedade coletiva não depende de tragédias, mas da imensa participação da sociedade para contribuir com os diversos segmentos sociais; a questão espiritual não depende de religião, mas da necessidade de cada um entender que precisa evoluir espiritualmente; aprendemos a importância de priorizar metas; gerar responsabilidades na divisão de tarefas; redescobrimos os amigos e parentes através de redes remotas que não tínhamos contato.


O aprendizado do ano de 2020 nos mostra que precisamos priorizar aquilo que chamamos de qualidade de vida, tal aspecto, não depende de ser rico, de ter muito dinheiro, está diretamente relacionado ao bem estar, valorizar a família, os vizinhos, o bairro, a cidade e o seu estado. A vida coletiva estava vazia antes da pandemia, tal condição se apresentava porque todos estavam sempre correndo e com pressa.


Os aprendizados do ano de 2020 são inúmeros, nos permitiu ir além de questões puramente materiais. É possível que as lições aprendidas possam resultar em melhorias para o Planeta Terra e para sociedade em geral, todavia, é preciso pensar em como melhorar e evitar os desperdícios em relação a boa aplicação dos recursos. Há um fator considerado crucial, o desenvolvimento da organização social. A crise nos mostrou, o quanto necessitamos ser mais bem estruturados para enfrentar dificuldades como a pandemia de 2020.



Quanto ao olhar de cada um sobre esse momento? Vai depender sobre que aconteceu e quais consequências que isso gerou? O que queremos para esse presente de agora? E como se poderá visualizar o futuro de amanhã? O certo é que apesar da indiferença de muitos, a vida não é a mesma, pois todos foram afetados pelo COVID-19, mesmo aqueles que não contraíram a enfermidade, porém, ficaram com os impactos na mente, esse segundo aspecto tem implicações de longo prazo.

 
 
 

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