A Esperança não é a última que morre, o dia de amanhã, será sempre o melhor
- José Alberto Tostes
- 16 de jun. de 2020
- 4 min de leitura
São inúmeros os autores, poetas, filósofos que escreveram sobre a Esperança. Para Georges Bernanos: "A verdadeira esperança é uma qualidade, uma determinação heroica da alma. E a mais elevada forma de esperança é o desespero superado." Para Vitor Hugo: "A esperança seria a maior das forças humanas, se não existisse o desespero. ” Para Aristóteles: " A esperança é o sonho do homem acordado. ” Para Ernesto Sábato: “A esperança não será a prova de um sentido oculto da Existência, mas uma coisa que merece que se lute por ela. ”
A Esperança é uma crença emocional na possibilidade de resultados positivos relacionados com eventos e circunstâncias da vida pessoal. A Esperança requer certa perseverança, acreditar que algo é possível mesmo quando há indicações do contrário. O sentido de crença desse sentimento o aproxima muito dos significados atribuídos à fé. Exemplos de esperanças incluem ter Esperança de ficar rico, ter esperança de que alguém se cure de uma doença, ou ter Esperança de que uma pessoa tenha sentimentos de amor recíprocos.
Esperança é também uma das três virtudes teologais do Cristianismo. Por meio dessa virtude, os cristãos desejam e esperam de Deus a vida eterna e o Reino de Deus como a felicidade última para eles, colocando as suas confianças nas promessas de Cristo. Para merecer e perseverar esta confiança até ao fim da vida terrena, os cristãos acreditam que a ajuda da graça do Espírito Santo é fulcral.
Em 2012, foi publicado o livro: “Mensagem de Esperança para o mundo - acontecimento e significado de Fátima” é o título da última publicação do Santuário de Fátima. Nessa obra existe "A diversidade de autores e de perspectivas que converge na intencionalidade de captar uma visão unitária e articulada", a obra acrescenta os votos de que "esta publicação ajude todos aqueles que o desejam a aproximarem-se, pelas mais diversas vias, desta explosão do sobrenatural que é o fenômeno de Fátima". Fenômeno que cercou o mundo de um sentimento de místico e religioso sobre o significado da Esperança.
Segundo Sandro Arquejada - Missionário da Canção Nova afirma que: “Se não houvesse a crença de que a Esperança vale a pena, o ser humano desfaleceria no sentimento de vazio interior. Sem Esperança a vida perde o significado. Acreditar no que ainda não se tem não se vê, não se toca, é imprescindível, pois o coração sente a existência do que é invisível e recusa toda não verdade a respeito dos dons e talentos que Deus concedeu, identifica a proximidade do algo bom que está por vir e a sensibilidade alerta que está presente o objeto da busca tão prolongada e de tantas preces. É preciso crer e não desistir, ir em frente, acredite no que Deus quer fazer em você! Uma pessoa inflamada pela Esperança vence o mundo e chegam aonde todos achavam que seria impossível. Só uma coisa pode deter esse ser humano: O imediatismo”.
Para esse missionário é preciso ver que: “Neste mundo moderno, que nos educa a querer ter resultados simultâneos às nossas vontades, muitos acreditam somente no que é palpável e visível ou provável. A fé perde terreno e o que passa a valer é o que o homem consegue entender. As alegrias verdadeiras perdem o valor e dão lugar às sensações do momento. Enquanto a Esperança nos ensina que tudo o que vem de um processo é mais durável e perfeito e que toda gestação prepara quem gesta e quem nasce”.
Muitos destas afirmações foram precedidos de postulados filosóficos, na qual o homem sempre esteve vinculado ao sentimento religioso, na crença do divino e da fé. Ter a Esperança é algo que também adquire um caráter místico que transcende a natureza física ou material, de alguma forma, ter Esperança é o elo que une a necessidade de obter algo precedido de forças e energias, muitas vezes dão resultados, em algumas circunstâncias seriam quase impossíveis.
Esperança ao largo de um trajeto histórico foi fortemente vinculado a fé como símbolo, pois existe algo além de nossas fronteiras puramente materiais. Não são poucas as reflexões sobre a Esperança que nos fortalecem e nos estimulam, entretanto, é comum e contraditória a afirmação popular: “a Esperança é a última que morre. ” Na realidade, a Esperança jamais deve ser a última a morrer, pois, está diretamente vinculada aos preceitos que vão além da vida material, é algo transcendental e espiritual.
Os princípios e ideias que movem as esperanças estão vinculadas a crença, o ser humano é capaz de se auto renovar, de utilizar o livre arbítrio na construção de novos ideais. Neste mundo profetizado inúmeras vezes para chegar ao fim, descobrimos que o “fim” é apenas a imensa necessidade de recomeçar e alimentar novas esperanças.
Fica a reflexão das nossas convicções que são desafiadas todos os dias, são descrenças, falta de fé, intolerância, falta de benevolência, de atitudes proativas em favor do bem.
O Brasil precisa de Esperança, mas também de pessoas proativas e dinâmicas para compreender que, cada um deve fazer a sua parte na individualidade e na coletividade.
Portanto, a Esperança não é a última que morre. O momento atual, nos mostra que, é preciso ter Esperança, pois, o dia de amanhã, será sempre o melhor.
Crédito de imagens: www.nossaciencia.com.br
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